quinta-feira, 1 de maio de 2014

A jornada de Ezio Auditore – Parte I


Neste meu primeiro artigo, como não poderia ser diferente, falarei de um dos meus personagens favoritos no mundo dos games. Ezio Auditore, um dos protagonistas da famosa franquia Assassin’s Creed. Com uma história fantástica e amigos um tanto que curiosos, pelo menos, aos meus olhos, Ezio apareceu em três dos seis jogos da franquia. A primeira aparição do assassino aconteceu em Assassin’s Creed II, onde, em uma história cheia de reviravoltas, aos seus dezessete anos descobre o seu legado e a Irmandade dos Assassinos. Depois vieram Assassin’s Creed Brotherhood, aonde o nosso herói chega à liderança da irmandade e, por fim, encerra sua participação em Assassin’s Creed Revelation, o qual para mim é o melhor jogo da franquia.

Ezio colecionou muito inimigos conhecidos pelos livros de história, mas também encontrou amizades em grandes figuras do passado, como seu grande amigo Leonardo da Vinci e o seu “braço direito” na Irmandade Nicolau Maquiavel. Como a vida deste cara é um tanto que “agitada”, optamos por dividir essa matéria em três partes, onde em cada uma falaremos dele em um dos três jogos que participa. Como não poderia ser de outra forma, iniciaremos pela trajetória de Ezio Auditor em Assassin’s Creed II.

Ezio jovem
 Ezio Auditore nasceu em 24 de junho de 1459, em Florência.  Segundo filho do banqueiro Giovanni Auditore com sua esposa Maria Auditore. Ezio sempre levou uma vida marota, divertida, por assim dizer, fato que nunca agradou seu pai, o qual esperava que um dia ele assumisse os negócios da família ao lado do seu irmão mais velho, Frederico Auditore. Porém, o destino não quis que Ezio tomasse uma vida pacata e tomasse conta do banco da família, muito pelo contrário, o destino de Ezio era grande e embora ainda não soubesse, possuía o destino do mundo em suas mãos.

A “virada” na vida de Auditore começa aos seus dezessete anos, quando seu pai, vitima de uma conspiração política, é enforcado juntamente com Frederico e Petrucio (irmãos de Ezio). É neste momento que o nosso personagem conhece sua verdadeira herança e, apesar de ter sido de forma inconsciente, dava os primeiros passos como um Assassino. Após a morte de seu pai e irmãos, Ezio conduz sua mãe e sua irmã, Claudia, para o lugar de seu nascimento, Monterioggioni, na vila Auditore; a viagem que não foi nada fácil, uma vez que em meio ao caminho inimigos do Auditore tentam capturá-los, sendo impedidos por Mario Auditore, tio e, mais tarde, mentor de Ezio.

Ezio entrando para a Ordem dos Assassinos
No inicio, Ezio se recusou a entrar pela ordem, mas não demorou a perceber que não poderia lutar contra aquilo. Estava em seu sangue, em seu DNA e logo se rendeu aos apelos do seu tio, dando inicio a um treinamento árduo para tornar-se um membro da Ordem dos Assassinos. No começo, ele não tinha ideia do que a Ordem significava, quais eram seus verdadeiros objetivos e seus ideais. Ezio era movido por uma sede de vingança, queria a cabeça daqueles que tiraram a vida de seu pai e irmãos e foi impulsionado com estes sentimentos que deu inicio a sua jornada, que embora ele não soubesse, levariam décadas para chegar ao seu final.

Até então, o objetivo de Ezio era destruir a Ordem dos Templários, liderados por Rodrigo Borgia, o qual mais tarde se tornaria o Papa, responsável pela morte de seus familiares. Mas no decorrer de suas missões, Ezio percebeu que muita coisa estava em jogo e que seus inimigos eram pessoas ambiciosas e desejavam o poder maior. Os Templários queriam controlar a humanidade e cabia a Auditore impedir que tal coisa acontecesse. A jornada ganha um novo sentindo.

Leonardo da Vinci
O primeiro feito do assassino era libertar a Itália do poder dos Templários, o que não era uma tarefa fácil, porém Ezio não estava sozinho, tinha muitas pessoas ao seu lado. Auditore contava com a ajuda do seu tio Mario, Leonardo da Vinci, o qual o mesmo conheceu ainda em Florença, na época um jovem pintor cheio de ideias com um futuro promissor. Leonardo foi muito útil na jornada do assassino, traduzindo as páginas do códex, escritas por Altair, mentor da Ordem dos Assassinos Levantinos, recriando as armas criadas pelo ancestral de Ezio, o que lhe foi muito útil em sua jornada.

Para chegar até Rodrigo Borgia, Ezio teve que superar diversas adversidades e vencer muitos inimigos. O primeiro deles, envolvido no assassinato de seu pai e irmãos, foi Vieri de’ Pazzi, o qual tinha sua fortaleza em San Gimignano onde, juntamente com os mercenários do seu tio Mario, invadem o lugar de forma silenciosa após ter matado os guardas do local. Ao final, Auditore finalmente enfrenta Vieri e depois de um ferrenho duelo o acerta mortalmente. Durante os últimos suspiros de Vieri, o assassino tenta alguma informação, o que foi em vão. Vieri manteve-se fiel aos Templários até seu último suspiro, o que deixou Ezio enfurecido a ponto de xingar o cadáver, sendo apenas contido por Mario que lhe deu mais uma lição. Mario Auditore ensinou a Ezio que o mesmo deveria respeitar os mortos, momento que surge uma das frases mais famosa do assassino, “Requiescat in pace”, ou em português, “Descanse em paz”.

Rodrigo Borgia
Na primeira parte de sua jornada, Ezio passou por Veneza e Forli, onde combateu os “braços” do Templário, libertando estas cidades do domínio dos mesmos, assim como havia feito em Florença, onde deixou a sua terra sobre o comando de Lorenzo di Médici. Porém, foi em Veneza que Auditore confrontou pela primeira vez o seu grande inimigo, Rodrigo Borgia. Após a ajuda de alguns amigos que tinha conhecido na cidade, para ser mais especifico, Rosa, a qual o assassino teve um breve romance. Ezio matou os guardas templários e roubou a carga que transportava, a qual mais tarde revelaria-se a Apple (Pedaço do Éden), um artefato de grande poder, alvo de desejo dos Templários. Após vestir-se com a roupa do soldado morto, o assassino seguiu para o encontro com, o ainda padre, Rodrigo Borgia, o qual terminaria em uma dura batalha entre Assassinos e Templários. Após Rodrigo ter ser proclamado o profeta, porém após o embate, Borgia foge, perdendo a posse da Apple para os Assassinos. É neste momento em que Nicolau Maquiavel surge e conta para Ezio que ele era o suposto profeta mencionado por Rodrigo e que ele (Maquiavel), juntamente com os outros membros da ordem, haviam trabalhado na década passada para que pudessem deixar a Ordem nas mãos dele. Naquela noite, Ezio foi oficialmente nomeado membro da Ordem dos Assassinos.

Em uma reunião com os membros da Ordem e Leonardo da Vinci, o qual o assassino desejava que investigasse o objeto misterioso já que não tinha ideia alguma do que aquilo era e a razão que fazia os Templários a desejarem tanto. De forma acidental, Ezio tocou a Apple, ativando algum mecanismo que fez com que a mesma brilhasse intensamente e revelasse alguns hologramas para o assassino. Estava claro que se tratava de um objeto poderoso e que o mesmo deveria ficar o mais longe possível dos Templários.

Ezio então viaja a Romagna, onde conheceu Caterine Sforza, o que mais tarde seria a paixão mais fulminante que o assassino viveu até então. Caterine era mulher diferente das outras, uma assassina. Porém, imprevistos atrapalharam os planos dos assassinos, tendo em vista que Sforza enfrentava problemas com os irmãos Orsi, mercenários que haviam sequestrado seus filhos - Ottaviano e Bianca-. Ezio enfrentou os Orsi para libertar os irmãos Sforza, porém aquilo era apenas uma distração e, no tempo em que estava concentrando em libertar as crianças, teve o Pedaço do Éden roubado por Checco Orsi. Auditore persegue o mercenário de forma incansável e o mata, recuperando o artefato momentaneamente, uma vez que vencido pelo cansado e um ferimento em seu abdômen, desmaia, perdendo novamente a possa da Apple. Antes de perder completamente a consciência, Auditore vê um monge e quando acorda, está amarrado e sem o Pedaço do Éden. Encontrado pelos guardas de Caterina, o assassino foi conduzido para Forli, onde recebeu tratamentos médicos e foi cuidado por Sforza.

Caterine Sforza
Recuperado, Auditore inicia sua missão para recuperar o Pedaço do Éden, o que se mostrou um verdadeiro desafio para o assassino. As buscas o levam de volta a sua terra-natal, Florença. Ezio encontra um lugar completamente diferente do que deixou. Lorenzo de Médici havia morrido e com a ajuda da Apple, Savanarola, monge que havia roubado Ezio, havia tomado o controle da cidade e feito uma lavagem cerebral nos cidadãos de Florença. Juntamente com os outros assassinos, Ezio começa a libertar os moradores da cidade do transe imposto pela Apple enquanto Maquiavel prepara o golpe final, o qual não demora. Paola e Volpe (A Raposa), outros membros da ordem, organizaram um motim, onde os assassinos livraram-se da guarda de Savanarola, o qual em um ato de desespero tenta usar uma vez mais o Pedaço do Éden, porém o mesmo é detido por Ezio que munido de sua irmã, impede a ação do monge. Capturado pelos cidadãos de Florença, condenado a morte da mesma maneira que ele tratou o conhecimento da cidade italiana. O monge seria queimado em uma fogueira na Piazza della Signoria. Mas o assassino não acreditava que pessoas deveriam sofrer em seus últimos suspiros, por isso saltou sobre a fogueira e deu o golpe de misericórdia em Savanarola. Depois Auditore discursou para a multidão, pregando que o povo deveria seguir o seu próprio caminho e confiar em seus pensamentos. Novamente com a posse do Pedaço de Éden, era hora de descobrir os mistérios do artefato.

Já era 1499 quando Ezio, juntamente com os outros assassinos reuniram-se novamente na vila Auditore com os pedaços do códex e a Apple em mãos. Com o auxilio dos dois objetos, a Ordem dos Assassinos descobriu a localização do Vault (cofre), o qual estava em Roma, para ser mais preciso no Vaticano. Surge então o primeiro desafio, tendo em vista que Rodrigo Borgia havia se tornado o papa em meados de 1492, o confronto final se aproximava. O assassino viajou até o Vaticano, onde travou duras batalhas para alcançar o seu destino. Quis o destino que o embate entre Assassinos e Templários ocorresse na Capela Sistina, onde Auditore finalmente encontrou seu grande inimigo para que poderia ter o embate final. Ezio atacou do alto, ficando próximo de desferir o golpe letal, porém foi surpreendido por Borgia, que também tinha em sua posse outro Pedaço do Éden, este na forma de um cetro. Uma nova batalha se iniciou e desta vez Ezio usou uma das técnicas de Altair, criando réplicas de si mesmo. Porém, o que podemos chamar de primeiro round, foi vencido por Rodrigo que conseguiu desferir um golpe no abdômen do assassino. Julgando que seu inimigo estivesse perto da morte, o então papa fugiu para o Vault com o Cetro e a Apple em mãos. Auditore que não tinha sido ferido mortalmente persegue seu inimigo, assistindo de longe Rodrigo tentar abrir o Vault, o desafiando em seguida para uma luta sem armas, está vencida pelo assassino. Com o Borgia caído, Ezio finalmente tem a chance de sua vingança, porém neste momento ele percebe que é um ato inútil. “Não, matar você não vai trazer meus pais de volta, está feito.”, foram às palavras do assassino ao decidir não matar o responsável pela morte de seus pais e irmãos. 

Ezio entra no Vault e depara-se com um holograma, o qual se denominava Minerva e diz ser um “daqueles que vieram antes”, o que mais tarde, vamos descobrir se tratar de uma civilização divina, que esteve em nosso mundo antes da humanidade. Minerva mostra ao assassino uma visão, onde o mesmo vê Desmond, em uma forma invisível. Minerva então desparece e o assassino fica cheio de duvidas.


Formatação e colocação das imagens por Link, Texto de Constantine.
Agradecimentos especiais à Diih Franco pelo auxilio na revisão do texto.

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